Conta de luz: governo federal anunciou ontem (6) a redução da bandeira tarifária para a cor verde. Foto: Getty Images.
Conta de luz: governo federal anunciou ontem (6) a redução da bandeira tarifária para a cor verde;
Cada residência deve pagar cerca de R$ 120 na conta, considerando o consumo médio de 220Kwh/mês;
Especialista alerta que o valor pesa muito mais para famílias de baixa renda.
O governo federal anunciou ontem (6) a redução da bandeira tarifária para a cor verde a partir do dia 16, que indica que não haverá nenhum acréscimo de tarifa. A mudança deve reduzir as contas de luz em até 20%, segundo informou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua conta no Twitter.
De acordo com Anton Schwyter, coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), a média de consumo dos brasileiros é de 220Kwh/mês. Conforme exemplificou, a tarifa média é de R$ 0,60 por kwh; portanto, cada residência deve pagar cerca de R$ 120 na conta de luz, considerando o consumo médio, R$ 28 a menos do que o valor pago com a bandeira vermelha 2 cada 100 kwh/mês.
Projeções da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, indicam que, desconsiderando as bandeiras tarifárias, as tarifas de energia residenciais teriam uma alta média de 11,20% em 2022 em relação aos valores cobrados no ano passado. Mas, com o fim da bandeira da escassez hídrica, o efeito médio percebido pelo consumidor passa a ser de aumento de 6,09% no ano.
A bandeira verde representa o funcionamento normal das hidrelétricas e não apresenta alteração na fatura. As bandeiras seguintes demonstram a utilização de termelétricas, usinas movidas a combustíveis fósseis como carvão ou o diesel, para a geração de energia. A cada bandeira diferente há um acréscimo cada vez maior na conta de luz.
As bandeiras tarifárias são definidas mensalmente e são informadas na própria conta de luz. Se elas estiverem na cor verde, a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Com a cor amarela, o aumento é de R$ 1,874 para cada 100 kWh consumidos no mês. Já na cor vermelha, o consumidor paga R$ 3,971 para cada 100 kWh no patamar 1 e R$ 9,492 para cada 100 kWh no patamar 2. Na escassez hídrica, é cobrado R$ 14,20 para cada 100 kWh.
Redução será menor do que anunciada pelo governo, dizem especialistas
Com a redução da bandeira tarifária Escassez Hídrica que adiciona uma taxa de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos pela residência, para a bandeira hídrica verde, que representa condições normais de geração de energia e não adiciona nenhum valor extra, o presidente Bolsonaro anunciou que a conta de luz dos cidadãos brasileiros cairia por volta dos 20%.
Da mesma forma, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que uma redução de 18% já poderá ser sentida pelos brasileiros no mês que vem "sem canetada". No entanto, especialistas no setor de energia debateram a projeção do governo federal, ressaltando que, em média, a redução deve ficar por volta dos 6,5%.
Tarifa Social: saiba quem tem direito a descontos na conta de luz
Em janeiro de 2022, entrou em vigor a inclusão automática de pessoas de baixa renda na tarifa social de energia. O benefício dá até 65% de desconto na conta de luz para pessoas de baixa renda, desde que estejam incluídas no CadÚnico do Governo Federal.
Quem pode receber a tarifa social? Segundo informações do Jornal Contábil, famílias cadastradas em qualquer programa social do governo federal com renda familiar, por pessoa, de até meio salário mínimo (R$550) têm direito à tarifa. Beneficiados pelo Bolsa Família, Bolsa Escola ou Auxílio-gás e quem recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC) também são elegíveis, desde que estejam inscritos no CadÚnico.
A tabela de desconto é dividida da seguinte forma: Os que consomem até 30 kWh/mês, terão 65% de desconto, enquanto os que consomem de 31 kWh/mês até 100 kWh/mês, 40% de desconto. Já os que usam de 101 kWh/mês até 220 kWh/mês, terão 10% de desconto. A partir de 221 kWh/mês, não há mais desconto. Famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, por sua vez, terão 100% de desconto se consumirem até 50 kWh/mês.
Caso não tenha seu nome automaticamente colocado na lista da Tarifa Social, para se inscrever, procure a concessionária de energia da sua região munido de RG, código da casa, Número de Identificação Social (NIS), código familiar ou número do benefício do BPC. Verifique sempre no CRAS ou em postos de atendimento do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família se seu cadastro está atualizado.
A Eletroquímica trata do uso das reações químicas espontâneas para produzir eletricidade e do uso da eletricidade para forçar reações químicas não espontâneas.
As pilhas e baterias, sem as quais não conseguimos viver, são resultantes dos estudos da Eletroquímica
A Eletroquímica é um ramo da Química que estuda o fenômeno da transferência de elétrons para a transformação de energia química em energia elétrica e vice-versa.
As reações que envolvem transferência de elétrons são chamadas de reações de oxirredução, pois nelas ocorrem simultaneamente a redução e a oxidação. A espécie química que perde elétrons passa por uma oxidação e fica com o Nox (número de oxidação) maior. Já a espécie química que recebe esses elétrons passa por uma redução e o seu Nox fica menor.
Por exemplo, a seguir há uma reação desse tipo, na qual uma placa de zinco metálico (Zn0) é colocada em uma solução de sulfato de cobre (que possui cátions cobre II (Cu2+) dissolvidos). O zinco sofre oxidação, perdendo dois elétrons e transformando-se no cátion zinco (Zn2+), enquanto os íons cobre recebem esses elétrons e transformam-se em cobre metálico (Cu0). Veja a equação iônica desse processo:
Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s)
Assim, nos fenômenos eletroquímicos, sempre ocorrem reações semelhantes a essa. Porém, isso pode ocorrer de duas formas. Os dois campos de estudo principais da Eletroquímica são:
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
* Pilhas e baterias: Nesse caso existe a conversão de energia química em energia elétrica, ou seja, usam-se as reações químicas de oxirredução espontâneas para a geração de eletricidade.
Dentro das pilhas são colocadas certas substâncias químicas que reagem espontaneamente transferindo elétrons, isto é, por meio de reações de oxirredução. As pilhas possuem dois eletrodos, que são:
- ânodo: polo negativo onde ocorre a oxidação;
- cátodo: polo positivo onde ocorre a redução.
As pilhas e baterias também possuem um eletrólito, que é uma solução condutora de íons. Assim, forma-se um fluxo de elétrons entre esses polos que resulta na formação de uma corrente elétrica que pode ser utilizada para que diversos aparelhos elétricos funcionem.
A diferença entre as pilhas e as baterias é que enquanto as pilhas possuem somente dois eletrodos, as baterias são formadas por várias pilhas conectadas em série ou em paralelo, ou seja, possuem vários eletrodos, o que aumenta a sua voltagem.
O que seria de nossa sociedade sem as pilhas e as baterias que fazem funcionar os celulares, os carros, os relógios e muitos outros aparelhos?
Exemplos de baterias (de celulares e de automóveis) usadas no cotidiano
* Eletrólise: É o processo inverso que ocorre nas pilhas e baterias, ou seja, ocorre a transformação de energia elétrica em energia química. Utiliza-se energia elétrica para forçar a ocorrência de uma reação química não espontânea pela neutralização das cargas dos íons e formação de substâncias simples.
Isso ocorre quando se passa uma corrente elétrica proveniente de algum gerador (como uma pilha ou uma bateria) por um líquido iônico (substância fundida - eletrólise ígnea) ou por uma solução aquosa que contém íons (eletrólise em meio aquoso). Desse modo, o cátion presente no líquido ou na solução recebe elétrons, e o ânion doa elétrons, para que ambos fiquem com carga elétrica igual a zero e com energia química acumulada.
A eletrólise é usada para a produção de substâncias simples de uso importante que não são encontradas na natureza, como o gás cloro e o sódio metálico produzidos na eletrólise ígnea do cloreto de sódio. Na eletrólise aquosa do cloreto de sódio, além de o cloro ser produzido, também se obtém o gás hidrogênio que é usado como combustível. Mais detalhes sobre como ocorrem esses processos podem ser vistos no texto Eletrólise do cloreto de sódio.
Eletrólise aquosa do cloreto de sódio com produção de cloro e hidrogênio
A Eletroquímica é, portanto, um ramo muito importante não só porque está relacionada com o desenvolvimento tecnológico e de métodos de produção de eletricidade, mas também porque permite inclusive a monitoração das atividades do cérebro e do coração, do pH do sangue, da presença de contaminantes na água, além de possibilitar a criação de equipamentos que salvam vidas, como o marcapasso, https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/eletroquimica.htm assim por diante.
O norte-americano Thomas Alva Edison foi um dos maiores inventores da história e registrou um total de 2.332 invenções ao longo de sua vida.
Thomas Edison
Thomas Edison
Em 1878, Thomas Edison inicia as tentativas de criação da lâmpada incandescente Edison
Thomas Alva Edison nasceu em 11 de fevereiro em de 1847, em Milan, Ohio, nos Estados Unidos. Filho de um marceneiro e de uma professora, ainda criança mudou-se com a família para Port Huron, onde Edison entrou para a escola. Sua relação curta com o professor e padre Engle foi conturbada, pois ele não fazia as atividades propostas e era alvo de reclamações por suas inúmeras e incessantes perguntas. Após três meses na escola, a mãe de Edison, Nancy Eliot Edison, assumiu sua educação.
Ao iniciar seus estudos com a mãe, Edison desenvolveu interesse pela Ciência, chegando a montar um laboratório em sua própria casa. Em 1868, o inventor registrou sua primeira patente, um registrador elétrico com diversas finalidades. Em 1870, Edison desenvolveu e vendeu por cerca de 40 mil dólares um aparelho elétrico que indicava as cotações das bolsas de valores.
Em 1876, Edison criou uma espécie de centro de pesquisas em Menlo Park, onde existiam laboratórios, oficinas e mão de obra especializada. Em um período de quatro anos, ele patenteou cerca de 300 invenções, todas com imenso potencial tecnológico. Ao longo de sua vida, Thomas Edison registrou a patente de 2.332 invenções e, durante a operação em seu centro de pesquisas, foi apelidado de O feiticeiro de Menlo Park.
Invenções de Edison
As invenções de Thomas Edison são verdadeiras aplicações de inúmeros fenômenos físicos, principalmente mecânicos e elétricos. Entre suas inúmeras contribuições científico-tecnológicas, estão o gramofone, cinetoscópio, microfones específicos para telefone, máquinas de votar, bateria para carros, embalagens a vácuo, fonógrafo, etc. Diante de suas inúmeras invenções, Edison foi considerado um dos maiores responsáveis pela Revolução Tecnológica do Século XX.
Espécie de projetor desenvolvido por Edison
Invenção mais famosa de Edison
Thomas Edison é conhecido como o inventor da lâmpada, talvez sua criação mais famosa. Em 1878, depois de inúmeras tentativas, Edison desenvolveu o filamento da lâmpada incandescente, gerando luz a partir de corrente elétrica.
O desafio do inventor em relação à lâmpada foi desenvolver um filamento que pudesse aquecer e brilhar com a passagem de corrente elétrica sem sofrer fusão e ser queimado. A solução inicialmente encontrada por Edison foi um fio de algodão parcialmente carbonizado. O filamento de tungstênio foi o que apresentou os melhores resultados, pois, com a passagem da corrente elétrica, esse material, ao aquecer até 3.000 °C, libera intensa luminosidade.
Em decorrência de complicações causadas pelo diabetes, Thomas Alva Edison morreu em 18 de outubro de 1931, aos 84 anos.